Nem o Exército acaba com a guerra entre índios e fazendeiros na Bahia

14/02/2014 08:57

A chegada de militares do Exército à cidade de Ilhéus, sul do estado, ainda não foi suficiente para tranqüilizar a população de Buerarema, região onde índios e agricultores entraram em confronto no início desta semana. Cerca de 700 homens do Exército aguardam autorização da presidente Dilma Rousseff para atuarem no sentido de evitarem novos conflitos na região.

A confusão fugiu ao controle após índios invadirem o Assentamento Ipiranga e assassinarem o produtor rural Juracy dos Santos Santana. O crime aconteceu na madrugada da última terça-feira (11) no Moroim, em Una. Abalados com a situação, que teve início em agosto do ano passado, moradores de Buerarema começam a deixar a cidade com medo da violência, clima que já afeta inclusive o comércio local.

De acordo com o site local “Macuco News”, os três suspeitos pela morte de Juracy foram identificados como os caciques Pascoal e Cleildo, sendo terceiro filho do primeiro.

A Tropa de Choque continua na BR-101 e ainda não foi para a área de conflito, local onde estão os índios.  De acordo com o blog de Pimenta, da região, o general Racine Bezerra Lima Filho explicou que a tropa apenas faz exercícios de rotina e treinamento. Racine reuniu-se com representantes das polícias, produtores e vereadores dos municípios da região.

Os policiais foram acionados para evitar novo bloqueio, após protesto por causa da morte do agricultor. Na última quarta-feira (12), manifestantes bloquearam os dois sentidos da via, danificando com pedras e pedaços de madeira os veículos que tentavam passar pela estrada.

 

Fonte: Tribuna da Bahia  

por Maíra Côrtes